Antarte decora Caléway Hotel
Escondido em pleno centro histórico de Vila Nova de Gaia, Olívia da Costa, diretora do Caléway Hotel, descobriu em 2012 um antigo edifício outrora ocupado pela Guarda Fiscal, completamente abandonado, e cujo potencial saltava à vista, tal era a sua imponência.
No meio da edificação circundante surgia um jardim que causou grande impacto pela possibilidade urbanística que podia trazer para o enriquecimento do espaço que já estava projetado na cabeça da empreendedora.
A decisão de avançar era óbvia e a manutenção daquele espaço ajardinado era uma condição da qual Olívia não abdicava.
Da ideia inicial de se criar alojamento para comercializar via Airbnb, rapidamente se passou para um pequeno hotel de três estrelas. Jorge Ventura, arquiteto chamado ao projeto idealizou mais. Viu naquele espaço um desafio irreverente, diferente, arrojado e insiste numa unidade hoteleira de quatro estrelas.
O projeto do hotel foi candidato aos fundos comunitários, tendo sido aprovado um apoio de montante ligeiramente superior a um milhão de euros, destinado ao novo equipamento hoteleiro com inovação ao nível da diversificação do produto e internacionalização.
E é assim que nasce o Caléway Hotel, uma unidade hoteleira de charme que convive em dois espaços distintos, onde o clássico e o moderno se perdem nas imensas paisagens e nas vistas privilegiadas sobre o rio e a cidade do Porto. A uma infraestrutura vintage totalmente renovada, da qual faz parte o edifício anteriormente abandonado, junta-se uma extensão contemporânea que foi acrescentada ao prédio original e que dá ao projeto um ar único e diferenciador das restantes unidades hoteleiras circundantes.
Envolvido pelas caves mundialmente reconhecidas pelo néctar que comercializam, e que se espalham pelas áreas envolventes, o Caléway Hotel está aberto ao público desde Maio de 2019. Com uma capacidade total de 44 quartos, os 18 quartos que se encontram na nova ala contemporânea já foram premiados, sendo possível apreciar a vista sobre o Douro através do terraço-jardim. O hotel tem, ainda, uma sala de conferências com capacidade para 60 a 70 pessoas, um bar e um terraço que poderá ser utilizado pelos hóspedes. No hotel trabalham cerca de 15 pessoas, entre a receção, do bar, do restaurante e serviços de limpeza.
A preocupação com os detalhes sente-se, de igual forma, no cuidado com a proteção do meio ambiente. 90% da energia consumida para aquecimento da água provém do sistema de ar condicionado. Devido à zona histórica onde o hotel se insere, foi decidido não poluir o telhado com painéis solares, dando lugar a um avançado sistema de recuperação de calor do ar condicionado. Os restantes 10% resultam da utilização do gás natural. De igual forma, todos os detergentes e líquidos de limpeza são amigos do ambiente, tal como a água utilizada na rega do jardim que provém de canais subterrâneos identificados durante a construção das fundações.
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Publicado na DESIGN FOR LIFE #2