FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN DEDICA EXPOSIÇÃO AO ARQUITETO ÁLVARO SIZA VIEIRA
A importância do desenho na obra do arquiteto Álvaro Siza estará em exposição na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para visitar de 17 de maio até 26 de agosto. Com curadoria de Carlos Quintans, a mostra está centrada no traço e no desenho do primeiro arquiteto português galardoado com o Prémio Pritzker.
A exposição está centrada no traço e no desenho de Álvaro Siza Vieira e vai ao encontro dos arquivos do arquiteto depositados no Canadian Centre for Architecture, em Montreal, no Canadá, na Fundação de Serralves e na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, e também de trabalhos apresentados no centro britânico Drawing Matters e do atelier do próprio arquiteto português.
Carlos Quintans, crítico e curador da exposição, refere a importância do “desenho como forma de pensar” de Siza. A mostra estará patente na Gulbenkian, na Galeria Principal do Edifício Sede e a Sala de Exposições Temporárias do Museu.
A mostra dividida pelos dois espaços será a primeira nos últimos 30 anos, em Lisboa, pensada de raiz sobre o arquiteto.
Na Galeria Principal do Edifício Sede da Gulbenkian estarão patentes objetos simbólicos como cadernos A4, onde o arquiteto foi deixando o seu traço ao longo dos 90 anos de vida, livros, plantas de arquitetura, esboços e esquiços e objetos de mobiliário e design com a sua assinatura. Ainda neste local, serão expostas 900 fotografias de autoria do fotógrafo espanhol Juan Rodriguez dos projetos de Siza Vieira.
O “universo mais pessoal e íntimo” do primeiro arquiteto português galardoado com um Prémio Pritzker, em 1992, o maior galardão mundial para a arquitetura.
Nascido em 1933, em Matosinhos, Siza Vieira poderá ser visto na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Gulbenkian, através de retratos desenhados de familiares e amigos, apontamentos, vistas das suas viagens, aguarelas, e desenhos em papeis “avulsos” ou até registados num maço de tabaco.
Este local, acolhe, ainda, obras artísticas de Maria Antónia Siza, mulher do arquiteto, que morreu em 1973, assim como mobiliário, esculturas pessoais e peças de algumas das suas referências das artes plásticas, nomeadamente de artistas como Amadeo de Souza-Cardoso, Picasso e Matisse.
Para além da exposição está previsto um conjunto de atividades desde visitas orientadas, oficinas de desenho, uma mesa-redonda com duas sessões, para “Pensar Siza Vieira” e a exibição de três filmes escolhidos pelo próprio artista de produção nacional: O Arquiteto e a Cidade Velha, de Catarina Alves Costa, Vizinhos de Cândida Pinto e A Dama de Chandor, de Catarina Mourão.
A exposição está patente entre 17 de maio e 26 de agosto, de quarta a segunda-feira, das 10h00 às 18h00.
Fotografias: DR | Fundação Calouste Gulbenkian
