Chef Chakall, figura reconhecida no mundo da cozinha, e não só!
Figura reconhecida no mundo da cozinha, o chef Chakall tem um percurso também pelo jornalismo e pela escrita. Nasceu em Tigre, Buenos Aires, na Argentina, corria o ano de 1972, e é em Portugal que tem vários projetos – como El Bulo Social Club ou o L’origine -, assim como um vinho em nome próprio, produzido na Herdade da Rocha. É um chef que aprecia a tranquilidade e que gosta de viver um dia de cada vez.
Já se desapaixonou pela cozinha. Em retrospetiva, de que forma é que esse momento definiu a forma como encara o seu trabalho nos dias que correm?
Cada dia é um dia, a cozinha, amor e desamor, é como uma relação que começou já há quatro gerações. Faço mais de 150 voos por ano, a minha perspetiva é a do dia a dia. Se tentamos ver as coisas muito longe, o dia a dia pode ficar envenenado.
O que é que significou para si voltar a esta área?
Na altura em que trabalhava com jornalista (sete anos da minha vida), eu era sempre a pessoa que cozinhava em casa, e sempre ajudei no negócio da família, quando era preciso. Por isso, nunca fiquei muito afastado, na realidade.
Lidera vários projetos, nomeadamente o El Bulo Social Club, o Refeitório do Senhor Abel ou o Areal Beach Bistro. Como é que faz a gestão?
Cada projeto tem a sua própria identidade, o El Bulo é a minha casa, o Areal Beach é gerido pela minha irmã, o Refeitório, juntamente com a nova pizzeria na expo – L’origine, são guiados pelo meu sócio. Neste momento tenho dois novos projetos muito particulares, um no Alentejo e o outro em Lisboa.
Se tivesse que escolher três momentos marcantes da sua carreira, quais seriam?
O prémio que recebi em Londres (2008) pelo meu primeiro livro (Gourmand Award, que me abriu as portas do mundo). Quando comecei a fazer show cookings (2002) no shopping das Amoreiras percebi que podia entreter. E o mais importante é o nascimento do meu primeiro filho, que me obrigou a ser responsável e não só um sonhador.
Enquanto chef, qual é o seu momento preferido do dia e porquê?
Quando chego a casa… E é tudo silêncio.