
CASA DA ARQUITETURA INAUGUROU EXPOSIÇÃO IMERSIVA QUE PERCORRE PROJETOS DO ARQUITETO JAPONÊS KENGO KUMA
A Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitetura, em Matosinhos, inaugurou este sábado, 4 de outubro, uma exposição imersiva sobre projetos do arquiteto japonês Kengo Kuma. Intitulada “Kengo Kuma: Onomatopeia”, a exposição, dedicada a um dos mais reconhecidos nomes da arquitetura contemporânea mundial, ficará patente até 8 de março de 2026. A juntar à mostra decorre um programa público paralelo, incluindo oficinas, conferências, performances, concertos e visitas guiadas às obras do arquiteto.
A exposição “Kengo Kuma: Onomatopeia” inaugurada na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, contou com a presença do arquiteto japonês que após a abertura participou numa conferência, onde Kengo Kuma abordou as obras que assinou em território nacional e que envolvem uma “experiência imersiva”.
A Casa da Arquitetura e o gabinete de Kengo Kuma em coprodução e coorganização apresentam a exposição que promete “uma experiência imersiva que atravessa os sentidos e os continentes”.
A exposição “Kengo Kuma: Onomatopeia”, oferece uma retrospetiva da obra de um dos arquitetos mais influentes da atualidade, já apresentada em cidades como Veneza, Bona e Atenas
O ateliê de Kengo Kuma adaptou os conteúdos à nave expositiva da Casa da Arquitectura, reutilizando e reinterpretando suportes previamente existentes, “num exercício de sustentabilidade e diálogo criativo com o espaço”. Maquetas, desenhos, fotografias e textos integram a mostra que se centra em torno de onomatopeias selecionadas para a edição portuguesa.
A exposição integra peças como a cadeira da Adico e o banco de cortiça produzido pela Antarte para o Pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka que está a decorrer no Japão e que teve a assinatura do arquiteto Kengo Kuma.
A mostra destaca, entre as principais obras de Kengo Kuma em Portugal, a renovação do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, em Lisboa, onde criou uma ligação fluida entre o edifício e os jardins, inspirando-se na tipologia japonesa ‘engawa’ e valorizando materiais portugueses.
No Porto, Kengo Kuma é o autor da reconversão do antigo Matadouro, focado na preservação da estrutura original e introdução de elementos contemporâneos como o conceito japonês ‘komorebi’. Dos projetos em evidência de kuma, merece ainda uma referência especial a recuperação de três aldeias abandonadas na Serra da Lousã, para serem transformadas em destinos turísticos.
O arquiteto Kengo Kuma nasceu em Kanagawa, Japão, em 1954, formou-se em arquitetura pela Universidade de Tóquio em 1979, e com estudos complementares nos Estados Unidos, fundou o escritório Kengo Kuma & Associates, em 1990, que atualmente funciona em Tóquio, Pequim, Xangai e Paris.
Apaixonado pelo design, pelas formas tradicionais japonesas e pela integração harmoniosa com a natureza, linhas mestras do seu trabalho, Kuma é reconhecido pelo projeto do Estádio Nacional do Japão para os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020, pelo Museu de Nagasaki e pela Japan House em São Paulo, entre outros edifícios emblemáticos.



Fotografias: DR