ARQUITETO ESPANHOL RAFAEL MONEO DESENHA RELÓGIO CAUNY
O arquiteto espanhol Rafael Moneo aceitou o desafio de deixar a sua marca do tempo ao desenhar um relógio de pulso para a marca centenária suíça Cauny. Para o design do relógio de pulso, o arquiteto inspirou-se nos relógios que desenhou para as torres de Logronho e da Estação de Atocha, em Madrid. Rafael Moneo recebeu o Prémio Pritzker em 1996. As suas obras espalhadas por todo o mundo.
O arquiteto Rafael Moneo desenhou quatro modelos diferentes do seu primeiro relógio de pulso, que passa a fazer parte da coleção The Architects of Time Series, da marca Cauny.
Ao desenhar o seu primeiro relógio de pulso, Rafael Moneo homenageou os relógios de sua autoria e que já tinha apresentado para as torres de Logronho e da Estação de Atocha, em Madrid. No design da peça, optou por criar um quadrado perfeito na simplicidade do mostrador e na ligação à bracelete no próprio interior do relógio.
O arquiteto espanhol é considerado uma das personalidades mais prestigiadas do mundo da arquitetura nos últimos 50 anos.
Atualmente, sediada em Portugal, a Cauny é uma marca relógios fundada na Suíça em 1927 e foi uma das marcas mais famosas do século XX. Foi também a primeira marca de relógios no mundo liderada por uma mulher, Mireille Grebler, que ganhou fama ao conseguir realizar um ideal que perdura até aos dias de hoje: produzir relógios com design original e materiais de qualidade a preços acessíveis. Em 2022, a Cauny lançou o projecto The Architects of Time Series.
Recorde-se que em 2022 Siza Vieira, o arquiteto português Prémio Pritzer, foi o primeiro convidado a desenhar uma nova coleção de relógios para a Cauny. Álvaro Siza Vieira, um dos arquitetos mais prestigiados do mundo, apresentou o relógio em duas versões, Mirror e White, evidenciando a mais fina técnica e atenção ao detalhe e honrando assim a visão única do seu criador.
Rafael Moneo nasce em Tudela (Navarra) em 1937 e é uma das figuras mais marcantes do mundo da Arquitetura nos últimos 50 anos. Recebe o Prémio Pritzker em 1996 pelo conjunto da sua obra. Estuda na Escola de Arquitetura de Madrid, onde se forma em 1961. Depois da licenciatura, trabalha na Dinamarca, no Atelier de Jørn Utzon, com quem colabora na ópera de Sidney. Em 1970, obtém a Cátedra de Elementos de Composição na Escola de Arquitetura de Barcelona e, em 1985, é nomeado Chairman da Graduate School of Design da Universidade de Harvard. É o autor de edifícios tão célebres quanto o Museu de Arte Romana de Mérida, o Museu de Arte Moderna de Estocolmo, o Museu das Belas Artes de Houston, o Kursaal de San Sebastián, a Ampliação do Museu do Prado e a Estação de Atocha, em Madrid, ou a Catedral de Los Angeles. Juntou à sua intensa prática de arquitetura um longo trabalho de reflexão e crítica. Várias gerações de arquitetos são marcadas pelos seus textos, entre os quais se conta o famoso ensaio A Solidão dos Edifícios. Nele escreve: “Prefiro pensar que a arquitetura é o ar que respiramos quando os edifícios tiverem alcançado a sua radical solidão.” Além do Prémio Pritzker, recebeu numerosas distinções, entre as quais a Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects em 2003, o Prémio Príncipe das Astúrias em 2012, o Praemium Imperiale do Japão em 2017 e o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2021.
Fotografias: DR | Cauny