
CHANEL LANÇA A PLATAFORMA NEVOLD DEDICADA À SUSTENTABILIDADE TÊXTIL E ECONOMIA CIRCULAR
A Chanel lançou a plataforma Nevold dedicado à sustentabilidade, com o objetivo de tratar excedentes, sobras de tecidos e outros materiais não utilizados pela marca de luxo francesa, mas também de outras empresas. A Nevold, uma nova unidade de negócio dedicada à reciclagem e gestão de resíduos têxteis, surge como resposta estratégica à crescente pressão sobre a indústria da moda para adotar práticas mais sustentáveis e de economia circular.
A Chanel anunciou a criação da Nevold, uma nova unidade de negócio dedicada à reciclagem e gestão de resíduos têxteis, numa resposta estratégica à crescente pressão sobre a indústria da moda para adotar práticas mais sustentáveis. O projeto Nevold será liderado por Sophie Brocart, antiga executiva da LVMH.
A médio prazo, a Nevold espera conseguir produzir materiais reciclados com potencial de serem usados na criação de novos artigos de moda. Este projeto vocacionado para a economia circular conta com parceiros de referência, entre os quais a francesa Filatures du Parc, a empresa de inovação em materiais Authentic Material, a Universidade de Cambridge e o Politécnico de Milão.
A Nevold junta três empresas já adquiridas ou criadas pelo grupo Chanel: L’Atelier des Matières, que liga marcas a soluções de reciclagem; Filatures du Parc, especialista em fios reciclados; e a Authentic Material, focada na reciclagem de couro.
A plataforma Nevold é lançada num momento crítico para a indústria têxtil e vestuário, e “tem como principal estratégia responder às exigências de consumidores cada vez mais atentos à responsabilidade ambiental e à necessidade de soluções circulares eficazes, mais do que obter lucro”. A iniciativa surge “num contexto de maior escrutínio regulatório, particularmente na Europa, sobre o impacto ambiental da moda, incluindo o hábito de destruição de produtos não vendidos — uma prática comum no segmento de luxo. Ao mesmo tempo, a escassez de matérias-primas nobres, como caxemira, seda ou couro, causada pelas alterações climáticas, está a tornar os resíduos de produção em ativos de valor”, refere a marca.
A Chanel está ainda a explorar parcerias com áreas como o desporto e a hotelaria, onde os materiais reciclados podem ter novas aplicações, mesmo que não cumpram os padrões exigidos para produtos de luxo.






Fotografias: Chanel