MUSEU DE SERRALVES COMEMORA 50 ANOS DA REVOLUÇÃO DO 25 DE ABRIL COM EXPOSIÇÃO
A exposição ‘Pré/Pós – Declinações visuais do 25 de Abril’ patente no Museu de Serralves, no Porto, até 20 de outubro, celebra os 50 anos do “grito de liberdade” em Portugal e mostra uma perspetiva dos anos da revolução. Miguel von Hafe Pérez é o curador da mostra que reúne mais de 300 trabalhos em pintura, escultura, fotografia, filme, gravura, instalação, cartaz e edição de livros e revistas de mais de 120 artistas.
O Museu de Serralves revela na exposição ‘Pré/Pós – Declinações visuais do 25 de Abril’ mais de 300 trabalhos em pintura, escultura, fotografia, filme, gravura, instalação, cartaz e edição de livros e revistas de mais de 120 artistas. E reúne nomes tão distintos entre si como Alberto Carneiro, Álvaro Lapa e Ana Hatherly, Eduardo Batarda, Fernando Lanhas e João Abel Manta, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Lourdes Castro e Malangatana, Mário Cesariny, Mário-Henrique Leiria, Nikias Skapinakis e Noronha da Costa, Paula Rego, Querubim Lapa, René Bertholo e Túlia Saldanha.
A exposição, integrada nas celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, estará patente de 24 de abril a 20 de outubro, constituiu um “grito de liberdade” que tem de ser contínuo. A exposição tem curadoria de Miguel von Hafe Pérez.
O curador Von Hafe Pérez refere que “Pré/Pós ― Declinações visuais do 25 de Abril” é uma “mostra que comemora os 50 anos da Revolução dos Cravos. Mais do que um simples gesto celebrativo, este projeto pretende investigar as tensões, as contradições e os movimentos paradoxais que marcam os períodos imediatamente anteriores e posteriores à Revolução. Num arco cronológico de 1970 a 1977, a exposição regista como o universo das artes refletiu as experiências e sentimentos que terão acompanhado o processo revolucionário e como este se desenvolveu entre o entusiasmo utópico e a apreensão contida”.
O texto que acompanha a exposição refere: “dando visibilidade a artistas e a obras pouco conhecidas no nosso contexto, esta é uma oportunidade única para pensar este período tão rico quanto conturbado da nossa história da arte, onde o manifesto político tanto pode assumir uma vertente mais panfletária, como afirmar-se através de obras de cariz mais conceptual enquanto suporte discursivo e formal das liberdades desejadas e atingidas. Nos mais de trezentos trabalhos expostos que abarcam meios tão variados como a pintura, a escultura, a fotografia, o filme, a gravura, a instalação, o cartaz e a edição de livros e revistas, sublinha-se a presença sísmica das múltiplas representações do corpo, muitas vezes trespassado por referências políticas desafiantes”.
Fotografias: DR | Serralves